segunda-feira, 5 de julho de 2010

E mais uma pétala cai...

Uma flor sempre cuidada com muito carinho, regada com amor, fértil como tudo aquilo que tem sua alegria própria...Uma pétala que por si só é forte, independente, cheia de espontaneidade e brio. Quando quase como um sonho encontra a força do vento e se deixa levar, mais leve que uma pena, mais forte que um leão quando está decidido a dá um bote em sua presa. Vai, vive aquele momento, alegria maior não poderia experimentar aquela linda e brilhante pétala, brilhante não só por está à luz do sol, mas acima de tudo pela luz que a natureza a consagrou e deixou como uma característica fidedigna da sua áurea. Mas dias de paz acabam, como tudo na vida...Há um início e um fim....O vento já não está tão suave como quando ela saiu para passear e para conhecê-lo prontamente assumindo todos os riscos. O vento foi por sua vez traidor de sua confiança e dedicação à caminhada junto a ele...dedicação? Por que dedicação? Pois por si só ele nunca possuiria a luz que ela conferiu a ele ao se unir em laços que deveriam ser inseparáveis. Acreditamos que são inseparáveis, porque acreditar faz parte de uma vida com boas pretensões, se desacreditamos em tudo não vivemos e não vivendo só damos espaço para a dor subseqüente à morte. Mas voltando à história da pétala, esta que foi enganada, traída e desdenhada na frente de todo aquele jardim que também acreditou nos seus dias de felicidade. Como enfrentar sua situação? Escapar como quem corre de um lobo mal? Usar aquela velha expressão "se ficar o bicho pega, se correr o bicho come"? Nem um nem outro, a pétala, aquela linda pétala em equilíbrio com suas irmãs, mãe, filhas e tudo que a cercava preferiu escapar por um jeito atroz, mas para ela um escapismo imediato e puro de não provar mas nenhum minuto da maledicência de quem ela tanto confiou e no fim só restou lágrimas e dor.

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"Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação dos meus desejos afligidos." Cecília Meirelles