quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Por aí...


Sentada em uma mesinha de madeira com quatro cadeiras dispostas desajeitadamente, livros, folhas, papéis que tentam cair no chão com o balançar dos sopros uivantes de uma noite cheia de coisas para serem feitas. Sabe quando você tem tantas coisas para fazer e não sabe por onde começar? Deixa acumular...péssimo. Tem algo que tenho comigo, enquanto não consigo resolver uma parte de mim ou de minha vida propriamente dita não fico em paz, não tenho concentração, sorrisos ou humor de uma vida falsamente bem humorada. Gosto de sentir tudo com seu gosto nato, quando tenho motivos para me sentir como tal, caso contrário, minha pele esfria e preciso ser aquecida para proteger da chuva que está por vir, no entanto apesar do frio temeroso que a mesma pode trazer ela vem embalada de fluidos que creio poder purificar minha alma e minhas sensações em uma torrente profunda de pingos simétricos. Cabelos soltos, lápis perdido, mente aos céus balançando a nuvem para que os fluidos possam cair no meu tempo. Cálculos, matemática da vida. Mesmo estando em um lugar totalmente descritível fisicamente, sinto-me "por aí"...

Um comentário:

  1. Sobre a mesa... Artífices. A teimosia de papéis rabiscados ou não. Pensamentos em sobressaltos fazem cálculos. Prepare o terreno! A nuvem carregam chuvas de sementes. A matemática da vida é sempre abstrata. É bom saber e lhe encontrar "por aí"...

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"Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação dos meus desejos afligidos." Cecília Meirelles