segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dia meu.




Hoje foi meu dia. Não...Não foi meu aniversário, dia da mulher ou qualquer data que seja de alguma forma comemorativa. Hoje foi sobretudo meu dia porque parei e olhei para mim e dediquei todo apenas a mim. No começo foi estranho, pois não queria permitir que isso acontecesse, queria deixá-lo como um dia qualquer que começa às 00:01 da manhã e termina às 23:59, com um minuto vago para se vagar a esse meio tempo sem sentido. Fiz comparações de uma vida de outrora cercada de pessoas, onde quer que eu fosse sempre tive companhias. Após transformações, comecei a aprender a ser sozinha, não que isso seja um indício de que quero tornar-me só, de maneira alguma. As pessoas confundem os sentidos e importância de cada um. No começo foi entediante, confesso, mas depois começou a ter gosto de chocolate com pimenta, saboroso com um ardor em alguns momentos. Começou lento e depois foi acelerando. Foi tomando sua forma e prazer. O silêncio permite ecoar a voz de nosso coração. Às vezes o barulho nos atrapalha a entender o que somos, o que queremos, nos angustiando e buscando na multidão um sentido vazio e efêmero. Nosso eu se consolida mais quando podemos nos escutar sem interferências, sem medo de saber a verdade, de enfrentar nossos demônios e ser-mos livres de qualquer nó que amarra nossas mãos e reprime nossos reais desejos. Vejo-me nesse novo elo de dias meus, que como uma escadinha à um novo horizonte posso tocar o céu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Bem-vindo ao meu blog! Fique à vontade de expor suas palavras silenciosamente e majestosamente. Obrigada pela visita.

"Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação dos meus desejos afligidos." Cecília Meirelles