sábado, 24 de julho de 2010

Holiday!

Matando a saudade de não saber permanecer em casa. De pular esquina a esquina em busca de uma embriaguez de serotonina. Abraços apertados e beijos demorados. Um barulhinho tuntz tuntz tuntz ali...Outro shiiiiiiiii....Aculá. Tudo em eletrizantes dias...dias quaisquer que se tornam dias incomuns. Músicas, comidas, pessoas, lugares desejáveis eternamente e como não podemos eternizar o momento vivido de forma a permanecer nele. Por que não eternizá-lo via uma memória que lembra de cada coisa minunciosamente? Tudo é colorido como uma viva aquarela que desfoca qualquer unicidade sendo variável e diversa, como opções que se transfiguram pela hora, dia, ocasião e escolha. Vejo e sinto meu corpo em um reflexo de uma poça d'água de forma tão nítida que em outra ocasião um espelho não seria o suficiente. Às vezes penso que nossa alma se torna mais sólida nesses momentos de intensidade conosco mesmo, de puro regozijo, de satisfação plena. A calma foi-se e ficou a empolgação em ritmos saltitantes. Olhos de puro prazer e de beleza transparente, que faz enxergar tudo e mais um pouco em uma parede de concreto pintada em branco, cor que reflete todas as outras e por isso pode nos mostrar um universo totalmente diferente do que ela parece ser. As coisas são assim, simples porém inexata na sua exatidão, São os olhos de menina que me permitem ter essa visão extra real que me ilude, mas me possibilita entrar em um guarda-roupa e conseguir atravessar o mundo real até o meu mundo interior e viver coisas que só minha imaginação permite e influi, Pássaros cantam, lábios se encontram, pessoas se olham nos olhos com uma sinceridade nunca vista, casas são abertas para todos...e a vida torna-se simples assim como deve ser.

Um comentário:

  1. Que delicia de postagem! É possível assumir o posto de teus olhos e percorrer cada instante, levado pela percepção a passear pelo tempo, lavando tu'alma.

    Teu texto é de uma extrema verdade. A vida não requer de adereços. Ela já tem os seus detalhes e entalhes oriundos da própria natureza. É a essência mais limpa e significativa da beleza. É de uma grandeza óbvia, q enche os olhos com o brilho da emoção.

    Obrigado, por me fazer passear pelos lugares q teu olhar desfrutou...

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"Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação dos meus desejos afligidos." Cecília Meirelles