segunda-feira, 26 de julho de 2010

O silêncio? Onde estará? Por onde você andar ele estará ali como um sopro leve em uma folha verde bambu que cai como quem não quer nada e sem direção certa ao posar. Ele te dará passagem aos mais belos lugares desconhecidos pelos meus olhos, mas conhecido pelo meu instinto. Ele que me grita aos "nortes" do mundo, te dará o sorriso mais belo, aquele sorriso sereno e infantil de quem conhece o ato pela primeira vez, com a espontaneidade de uma criança que chora para se expressar e ver que chamam atenção por isso. Você que vaga, que espera o barulho de uma cachoeira, das buzinas dos carros, do tilintar de um copo quebrado , o barulho do vento balançando os coqueiros e o mar não querendo ficar para trás respondendo com suas enormes ondas quebradas sob as pedras que te dão uma visão panorâmica do que a natureza consegue fazer. Meu corpo espreita silenciosamente sentindo cada areia tocá-lo e deixando a essência do meu corpo, meu perfume nessas microscópicas partículas, permitindo os passos de um próximo me sentir, me enxergar de um modo transcendental. Os olhos já não cabem nesse momento, o que está válido é a sensibilidade de uns poucos com a áurea de um sonhador. Andarejo, andarilho, suas pegadas já estão seladas com meu silêncio que fala mais que minha própria boca, quando andares, procura nos recôncavos da tua mente o nada que se expressa como um tudo. Lá o encontrará.

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"Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação dos meus desejos afligidos." Cecília Meirelles