sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O outro lado da janela...


Olho por uma janela pela qual a luz ofusca meus olhos e embaça a minha visão, a ordem embaralha e fecho os olhos para entender o que está acontecendo. São as estações mudando, as pessoas se transformando e o mundo girando. Fico bêbada de tanta agitação...Passadas já não só são mais uma, duas transformam-se em uma e três querem pular sua trajetória...A brisa leva-me ao norte do meu destino.O tempo paralisa e faz-me viajar em outras dimensões. Tenho a vida nas mãos, mesmo ela insistindo em escapar-me. Ficou confusa invariáveis vezes o que significa quase sempre. Essa minha mania de perder-me entre escolhas e pessoas deixa-me intrigada. Geralmente minhas escolhas são fora do habitual, isso me preocupa deveras. Ser normal ou não ser? Coloco todos os sentimentos embrulhados em uma caixinha vermelha, balanço-a tanto o quanto possível, saiu pela rua e o primeiro gato preto tira a minha sorte. O preto ao contrário de supostas superstições me traz a absorção do que de mais mágico tem a escuridão e refleti maléficas causas da criação. Respiro a pureza do que de mais puro tem a natureza, contagio-me com seu poder de revelação e revelo-me...Costumava caminhar à noite para sentir o gélido ar que as noites cálidas transmitem e a lua aquece, não só o coração mas a minha emoção. É incrível como são meus encontros com a lua, nunca marcados, mas sempre anunciados pela bola de fogo que incendeia meu coração...Ela sempre me passa boas energias e sempre tem um bom conselho a me dar. Acalma, emociona e me proporciona "fastiosamente" a necessidade de tê-la nem que seja sentindo-a energicamente pelo vidro fosco da minha janela...Janela essa que mesmo fechada abre a vastidão do meu ser.

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"Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação dos meus desejos afligidos." Cecília Meirelles