sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Quanta beleza na raridade da pureza.


E quando o meio-dia de torrentes horas parecia esvaziar como o vazio da barriga correndo por grãos de comida, Geovanna encontra em um banco um garoto de 7 anos de olhos vivos, arregalados à procura de expressar o que sente diante de tantas cores, formas, contornos, olhos, braços e abraços. De forma inquieta e tímida ele abre um sorriso de quem quer dá um bom-dia à sua maneira. Geovanna retribue o bom-dia da mesma forma e volta à olhar para a frente. Mais uma vez o garotinho olha para ela como quem quer dialogar. A espontaneidade das crianças fazem com que elas não escondam suas vontades e verdades. Meio minuto se passa e ele olha para um espaço cheio de "mato" e pergunta: -O que tem lá? Ela responde: -"mato", muito "mato" E ele: -só isso? E ela retribue uma resposta vaga de quem não sabe o que havia nas profundezas daquela natureza cheia de mistérios e beleza. Não contente em só fazer uma pergunta o garoto pergunta onde a menina mora e depois sem dá tempo de retornar a perguntá-lo mais uma coisa, ele fala onde mora . O pai dele que estava ao seu lado olha para Geovanna e acha graça. O mesmo menino olha para ela, sorri e depois a pergunta: - você é casada? Surpresa com a pergunta de uma criança de sete anos, antes de responder ela fez outra pergunta:- Você quer casar comigo? (a curiosidade de saber se ele tem idéia do que seja essa palavra foi maior) Na inocência de sua "prematuridade" ele responde: - sou criança, mas quando eu crescer eu quero me casar com você. Ela acha engraçado a forma como ele pensou, a espontaneidade de falar o que queria, mesmo sem ter noção do que aquilo significava e ficou maravilhada com essa pureza que voam de ares em ares e ainda existem em um mundo de tanta maldade e perversidade. Após a proposta ele falou seu nome e perguntou o dela.> Ela viu estampado em seus olhos cor de mel de criança de quem brinca de pega-pega, joga "pelada" e vive sua infância marcada por "perabas" denunciando todas as brincadeiras que aquela vida de poucos anos viveu.

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"Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação dos meus desejos afligidos." Cecília Meirelles