sábado, 9 de outubro de 2010

Uma viagem ao desconhecido...


Nem tudo são flores, já dizia o velho ditado, e apesar do estado vertiginoso que encontra-se a minha áurea, ontem recebi uma notícia. O tão temeroso e hoje estudado câncer veio para abalar uma pessoa da família. Triste e inacreditável como o progresso do mesmo se espalha pelo nosso invencível corpo, cheio de armaduras e crenças. Numa tarde tranquila ele fazia seus quadros, sim, ele é um artista nato, desde quadros à artesanato e tudo que pudesse elevar seus dotes à mais alta naturalidade. Com porte de modelo, um filho para criar e uma mente inteligente e criativa, hoje já não pode enxergar sua própria arte e nem reconhecer a quem tanto ama. Cada segundo lhe é eterno, visto que o sentido perdeu-se na turvidez da sua memória. Apenas 23 anos de vida com o prenúncio de mais 23 anos ou mais, esse prenúncio desbota as cores das flores que deixa para trás seus sonhos, suas conquistas, sua família. Apenas gostaria de fazer escutá-lo: Dá-me tua mão.  


((Voa mais alto que puderes até que seu inconsciente tome consciência de teu tamanho))

2 comentários:

  1. Em tdo, em tdo mesmo encontramos a contrapartida. Sentimos a mão pesada dos acontecimentos a interferir e transformar uma vida q se conduzia como natural. O choque é intenso. Um mergulho na profundeza das interrogações. E aí?... Com os dias começamos a perceber q nossa própria natureza nos reequilibra. Aos poucos vamos nos equilibrando em nosso novo eixo. As percepções se ajudam e transforma o sentido numa nova forma de visão...

    Sinta o meu abraço e meu carinho de conforto. Um beijo apenas para selar esta nossa comunhão...

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  2. Obrigada pelas tuas palavras e teu reconfortante abraço.

    É sempre bom e bem-vindo.

    Beijo.

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"Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação dos meus desejos afligidos." Cecília Meirelles