quarta-feira, 2 de junho de 2010

Eu sou de CARNE e OSSO.


A alegria do pecado
Às vezes toma conta de mim
E é tão bom não ser divina
Me cobrir de humanidade me fascina
E me aproxima do céu

E eu gosto
De estar na terra
Cada vez mais
Minha boca se abre e espera
O direito ainda que profano
Do mundo ser sempre mais humano

Perfeição demais
Me agita os instintos
Quem se diz muito perfeito
Na certa encontrou um jeito insosso
Pra não ser de carne e osso
Pra não ser carne e osso

Zélia Duncan- Carne e Osso.

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"Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação dos meus desejos afligidos." Cecília Meirelles